domingo, 13 de março de 2011

13/3, dia do Conservacionismo

Brasileiros ressurgiram despois de 300 anos desaparecidos

Nos idos do século 17, o naturalista alemão Marcgrave pôs os pés e os olhos curiosos nestas terras como parte da comitiva de Maurício de Nassau. E encantou-se com uma espécie nunca vista: o macaco-prego-galego. Da admiração do estrangeiro surgiu o primeiro relato sobre o bicho esperto que se escondia entre as árvores da mata atlântica brasileira.
Em 1774, outro naturalista alemão, Schreber, descreveu as características e o comportamento do macaco, pintando em folhas envelhecidas pelo tempo o retrato do animalzinho. Depois disso, ninguém mais falou sobre o tal do macaco-prego amarelo de pelos longos.
Os pesquisadores acreditaram tratar-se de uma espécie extinta graças ao desmatamento. Nenhum museu guardava sequer um exemplar para contar história. E se a ciência não conseguia provar, virou lenda.
Até que, em 2004, um grupo de animais apreendidos no Centro de Primatas Brasileiros chamou a atenção dos pesquisadores na Paraíba. Boquiabertos, eles custaram a crer: existia mesmo o prego-galego. A espécie, que passou 300 anos despercebida, insistia em permanecer viva. Eram brasileiros que o Brasil desconhecia.

Retirado de: Almanaque Brasil.

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