sábado, 5 de fevereiro de 2011

Critica da Semana!!!!!!

Splice - A Nova Espécie



Em 1997, Vincenzo Natali surpreendeu ao contar uma história de horror original e inteligente, com um orçamento baixíssimo – cerca de 360 mil dólares. O que parecia ser uma promessa de grande diretor e roteirista acabou não se concretizando e Natali dirigiu um par de filmes pouco destacados (Cypher; Nothing) e só agora voltou a roteirizar.

O fato de “Splice” ter sido produzido por Guillermo Del Toro (Hellboy; O Labirinto do Fauno) e ter no elenco Adrien Brody (O Pianista; King Kong) fez com que o mesmo fosse visto com disposição pela crítica, mas depois muitas vezes detonado pela mesma.
O casal de cientistas Clive (Brody) e Elsa (Sarah Polley) são exaltados por criarem organismos totalmente novos, para estudos com os órgãos destas aberrações. Paralelamente à pesquisa que têm sido pagos para fazer, decidem tentar uma experiência ainda mais ousada: criar um ser ainda mais desenvolvido que o primeiro, a ser parecido com um ser humano. No início, a criação parece desajeitada, uma aberração. Logo, torna-se parecida com uma mulher, atraente, mas perigosa.
Assim como a criatura, o filme também muda completamente o foco no decorrer dos cerca de 100 minutos. Seus criadores preparam o terreno para um filme “sério” de ficção científica e perdem cada vez mais o controle.
No trabalho de roteiro, a única regra que parece valer é a dos lugares-comuns e gratuidades pretensiosas a contar com a paciência do público. Nele, dois desenvolvimentos distintos parecem ter sido feitos: um de ficção científica e outro de thriller. Como thriller, o filme funciona em vários momentos, mas como sci-fi é esburacado, sádico e doentio.

Como o estranho impera, o inusitado casal interpretado por Adrien Brody e Sarah Polley funciona, mas seu espaço é tomado quando surge em cena a beleza do hibridismo de efeitos visuais com a atriz Delphine Chenéac – que dá corpo adulto a Dren, a criação genética do casal protagonista.
Tanto nos momentos de efeitos sutis como nos momentos de metamorfose de Dren, o uso do CGI impressiona e é um dos trunfos do longa.
No fim, “Splice” já não passava de um horror B, hypado pelo nome do produtor; genérico de “Alien” e “A Experiência”.


Como todo experimento científico ainda em fase de desenvolvimento, “Splice” é cheio de defeitos e perguntas não respondidas. Uma inevitável sequência talvez possa sanar as dúvidas, mas o caminho trash tomado não parece deixar espaço para a volta da sanidade.
Crítica por: Fred Burle (Fred Burle no Cinema).
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Santuário
Impactante, agonizante e claustrofóbico, Santuário (Sanctum) irá apresentar as maravilhas e perigos do mundo subaquático.

Produzido por James Cameron e dirigido por Alister Grierson, o filme é baseado na história real do roteirista Andrew Wright, que ficou preso numa caverna durante uma tempestade.
Em Santuário, Frank McGuire (Richard Roxburgh) é um mergulhador conhecido e respeitado por todos, que sempre está em busca de uma nova aventura ou descoberta. Durante uma expedição para explorar as cavernas Esa-ala, no Pacífico Sul, Carl (Ioan Gruffudd), Victoria (Alice Parkinson) e Josh (Rhys Wakefield), este filho adolescente de Mcguire, se unem à equipe de exploradores. Mas uma tempestade ocorre e prende toda a equipe nesse mundo subterrâneo, e a ordem agora é a sobrevivência.
É incrível o temor e angustia que você sente enquanto vê as pessoas tentando se salvar. Na versão 3D, a qual foi gravada com as mesmas câmeras que Cameron usou para “Avatar”, você sente como se estivesse dentro das cavernas. Então imagine só: cenas dentro de uma caverna escura e gelada (você dentro do cinema com o ar condicionado em 17°C), com água sufocando e afogando tudo o que vê pela frente (você com falta de ar e claustrofóbico). Eu saí da sessão pedindo para ver a luz do dia e tentando respirar ar puro.

Cameron deve mesmo gostar de ver pessoas morrendo e sufocando no fundo do mar. Já vimos isso em “Titanic” e “O Segredo do Abismo”. Mas em 3D a conversa é outra. Você realmente “sente” aquilo tudo.
O filme é muito impressionante, por isso, se você tem problemas graves em relação a ver cenas de morte ou tem claustrofobia em um nível crítico, é bom se preparar. Tudo foi feito pra chocar e impressionar mesmo. Mas tirando a sensação de sufoco, o filme é ótimo, muito bem dirigido e produzido, prendendo nossa atenção até o final.
Vale a pena conferir no cinema, e se possível na versão 3D.

Crítica por: Silvia Freitas (Blog)
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