terça-feira, 1 de março de 2011

Ascensão dos robôs cientistas

O Professor Ross D. King, da Ciência da Computação, da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, escreveu um artigo científico na edição de fevereiro de 2001 da revista Scientific American sobre sua década inteira junto de um colega na busca incessante pela automação científica. Ele inicia seu artigo com uma indagação muito sugestiva. Será possível automatizar descobertas científicas? Melhor: será possível produzir robôs cientistas, que não sigam ordens mas pensem?! Essa é uma pergunta de muitas interrogações.
Já dizia Richard Feynman, o notório gênio cientista, que "o que não posso criar não entendo", como cita o professor. Ou seja, uma tentativa de se revolucionar o pensamento dessa maneira, seria o mesmo que querer associar, a todo custo, o meio físico com o abstrato e os fenômenos observados e os teóricos. Mas um robô cientista seria um marco para a facilidade, eficiência e produtividade do trabalho de pesquisa, no que diz respeito ao custo, uma vez que não existem profissionais suficientes para a demanda das pesquisas que, em sua maioria, são complexas demais e exigem um grande empenho.
A meta para a automação da ciência não diz respeito apenas a alguns pontos do processo de produção de algum trabalho científico, mas a elaboração de hipóteses, análise de dados, desenvolvimento de medicamentos, descoberta de drogas através do sequenciamento do DNA, vislumbrar e executar experimentos para testar as hipóteses, interpretar resultados e repetir todo o ciclo até que seja encontrado um novo conhecimento.

Agora você quer saber: Como um robô cientista pensa?
Mais ou menos como os humanos: por dedução, abdução ou indução. A primeira forma é como no seguinte exemplo: Todos os cisnes são brancos. Daysi é um cisne. Logo, Daisy é branca.
A abdução: Todos os cisnes são brancos. Daisy é branca. Logo, Daisy é um cisne. A terceira: Daisy é um cisne e é branca. Danny é um cisne e é branca. Dante é um cisne e é branco. Logo, todos os cisnes são brancos.
O professor finaliza seu artigo sobre a pesquisa com robôs, comparando a automação da ciência com a automação do xadrez. Os computadores 'jogam' xadrez tão bem que são capazes de vencer qualquer humano e de fazer jogadas surpreendentes. Isso acontece porque o xadrez é um mundo ao mesmo tempo, limitado e ilimitado. Ele possui 64 casas e 32 peças, mas o número de jogadas legais no xadrez está estimado em 1043. Mas a experimentação ocorre no mundo físico, o que tornará a automatização mais difícil. O professor ainda faz votos de que será mais fácil conceber robôs cientistas do que inteligência artificial, porque é mais seguro presumir que o mundo físico não está enganando você; na sociedade isso não é possível.

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