domingo, 17 de abril de 2011

Terceiro ano é pressão, mas o que não pode é perder o foco



Tensões e Vestibular

Em ano de vestibular, muitos sentimentos afloram: medo, ansiedade, tensão, alívio, angústia. Enfim, vive-se em meio a um turbilhão de emoções.

Ano de vestibular é assim mesmo. É ano de decisão, de tomada de rumo, de reorganização interna e externa. Por isso, surgem dúvidas e incertezas, que são bastante parecidas entre todos os vestibulandos: "Será que eu vou passar? E se eu não passar, repito todo o cursinho ou faço um semi-intensivo no ano que vem? Arranjo um trabalho ou faço uma viagem? Como vou lidar com uma possível decepção? E se entrar na universidade e perceber que o curso que escolhi não é bem o que eu imaginava?"

Os pais de vestibulandos, por sua vez, também não ficam atrás. Mas as suas dúvidas são outras: "Faço planos com meu filho? Preparo-o para uma possível decepção e corro o risco de ele achar que não estou colocando fé na sua capacidade? E no dia, deixo uma festa engatilhada ou aguardo o resultado?

E se ele passar, vai dar tempo de organizar a festa que meu filho tanto merece?"

Além disso, tanto os vestibulandos quanto os seus pais muitas vezes se preocupam muito com o desempenho intelectual e não dão muita importância ao lado emocional.

E o que é possível fazer para vencer esse inimigo? Em primeiro lugar, é necessário que, ao invés de antecipar possíveis acontecimentos, nos atenhamos ao agora. Temos que lidar com o momento presente, cultivar o hoje para depois pensar no amanhã.

Isso por si só já contribui para a diminuição da ansiedade.

O vestibular está se aproximando, é claro, e representa um grande desafio. Mas é fundamental que pais e filhos recordem que já venceram muitos outros: o primeiro dia de aula, a primeira apresentação, o time, a namorada, o segundo grau... Tudo isso também não são grandes conquistas? Encarar cada momento com naturalidade e torná-lo especial devem ser as primeiras atitudes a serem tomadas.

Assim, podemos perceber que o vestibular de fato seleciona. Seleciona os mais determinados, os que melhor aproveitam as chances sociais que tiveram, os de maior controle emocional, os com mais facilidade de suportar frustrações e postergar desejos... numa palavra os que estudam com senso de realidade na justa medida na necessidade para o curso que elegerem disputar uma vaga.

Também deve-se procurar falar sobre outros assuntos e fazer programas bastante diferentes dos atuais. Isso ativa outras partes do cérebro, além de aliviar o stress.

Outro ponto vital para o vestibulando é a união da família, pois ele fica bastante vulnerável nesse período e precisa, acima de tudo, sentir-se apoiado e não cobrado.

Confie em si mesmo. Acredite! Não espere. Faça acontecer!

Dra. Juliana Nanni

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