sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Inteligência artificial: mitos e verdades
A inteligência artificial é um dos assuntos que, até hoje, rende melhores fontes para criar histórias de ficção científica. A ideia de uma sociedade povoada por robôs inteligentes que, mais do que realizar tarefas, interagem de maneira totalmente humana, serve de base para vários produtos de sucesso.
Exemplo disso é a trilogia “Matrix”, em que a inteligência artificial evoluiu tanto que os robôs se revoltaram contra seus criadores e decidiram moldar novamente o mundo à sua forma. Ou, em uma visão menos apocalíptica, pode-se tomar como exemplo o universo do filme “Eu, Robô”. Nele, um mundo povoado por máquinas superinteligentes presencia o surgimento do primeiro ser inorgânico capaz de demonstrar sentimentos.
Apesar de na ficção máquinas que reproduzem de forma idêntica o comportamento de seres humanos não serem nenhuma novidade, a realidade ainda está muito distante da ficção. Apesar de a cada ano surgirem novos robôs inteligentes, sua capacidade de interação ainda é muito limitada, e ninguém seria capaz de confundi-los com pessoas de verdade.
Desde a década de 1940, a humanidade sonha com os grandes avanços que a inteligência artificial deveria ser capaz de proporcionar. Porém, assim como o teletransporte e os carros voadores, o desenvolvimento científico seguiu por um caminho muito diferente do esperado.
Neste artigo, desvendamos alguns dos mitos por trás da tecnologia de inteligência artificial. Além de mostrar os principais campos em que ela é utilizada, explicamos os motivos pelos quais, mesmo após décadas de pesquisa, ainda não conseguimos desenvolver máquinas capazes de exibir a mesma complexidade de pensamentos que um humano.
Como funciona a inteligência artificial?
Como o próprio nome deixa claro, a Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência de computação que tem como foco elaborar dispositivos que simulem a capacidade de raciocínio humano. O objetivo é elaborar máquinas que, mais do que simplesmente seguir rotinas pré-programadas, sejam capazes de aprender a desempenhar suas tarefas de forma mais eficiente e consigam se adaptar a novos ambientes.
Porém, a emulação do comportamento humano se mostrou um processo muito mais complicado do que o imaginado originalmente. A própria falta de compreensão que temos do funcionamento dos processos biológicos que ocorrem no cérebro humano contribuiu para isso acontecer – afinal, se não conseguimos entender direito como surge o processo criativo ou a associação de ideias, fica muito difícil reproduzir tais processo de maneira fiel.
Isso se deve ao fato de que humanos não utilizam somente critérios lógicos de avaliação para resolver problemas. Aspectos como experiências anteriores, intuição e o próprio inconsciente influenciam de maneira substancial a forma como lidamos com situações inesperadas e contornamos obstáculos.
Além disso, a maneira como processamos informações é muito diferente da utilizada por uma máquina. Exemplo disso pode ser uma simples conversa sobre pássaros: enquanto os seres humanos possuem um conceito intuitivo do que é o animal (embora nem todos tenham a mesma imagem mental dele), para uma máquina interpretar tal conceito exigiria uma grande quantidade de informações.
Não só o conceito de pássaro deveria estar no banco de dados, como também formas de diferenciá-los de outros animais e objetos. O resultado é um processo que, se não impossível, requer um poder computacional que até as máquinas mais modernas teriam dificuldades em oferecer. Isso sem contar com o longo tempo necessário para programar todos os aspectos necessários.
Postado por
Flavio Candido
às
11:51
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
ciência e tecnologia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário